Recursos para inovação em micro e pequenas empresas
A Inovação está em pauta em diversos meios de comunicação e entra como prioridade nas agendas das empresas privadas e entidades públicas, porém nas micros e pequenas empresas ainda é reduzida a sua efetividade.
Em uma primeira análise, pode-se entender que, na realidade das micro pequenas empresas, para que ocorra a Inovação é necessário que se tenha muitos recursos financeiros, físicos e humanos, e que isto só é possível para as grandes empresas, que possuem estruturas específicas para Pesquisa & Desenvolvimento & Inovação (P&D&I).
É óbvio que uma estrutura específica para P&D&I requer investimentos na qualificação de profissionais e pesquisadores, instalações específicas para o desenvolvimento de produtos e processos e também recursos financeiros adequados para os projetos e pesquisas, que, muitas vezes não trazem resultados imediatos.
Para a realidade de uma micro ou pequena empresa, se estes investimentos tiverem que ser próprios, provavelmente ficarão em segundo plano pois os recursos são escassos e as atividades operacionais acabam sendo priorizadas.
Para mudar este paradigma, uma alternativa é buscar parcerias com agências de fomento, entidades científicas ou pesquisadores para a promoção do projeto de pesquisa ou inovação.
Estes recursos, humanos e financeiros, podem ser acessados pelas micro e pequenas empresas que apresentarem seu projeto e forem aceitos pelas agências de fomento, como no caso da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Dentre outros tipos de apoio à pesquisa tecnológica, disponibiliza o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), que foi criado em 1997 e destina-se a apoiar a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo.
Este apoio acontece de maneira a cobrir as despesas com o salário (bolsa) do pesquisador e recursos financeiros para compra de insumos e equipamentos inerentes ao projeto de pesquisa ou inovação, compreendendo ainda, recursos para despesas de viagens e participação em congressos e visitas específicas.
Os recursos são disponibilizados em três etapas, incluindo na primeira até R$ 125.000,00 para a análise de viabilidade técnico-científica do projeto.
Na segunda etapa, podem ser obtidos até R$ 500.000,00para o desenvolvimento do projeto. Para receber o financiamento para a FASE 2, a pequena empresa terá, ainda, que apresentar um Plano de Negócios para a comercialização dos novos produtos e descrever como a empresa vai obter os financiamentos necessários para a sua viabilização na terceira fase do projeto.
Como podemos demonstrar, existem alternativas para estimular a inovação nas micros e pequenas empresas e que, de certa forma, facilitam a obtenção dos recursos necessários para a efetivação das inovações, que, cada vez mais, se tornam essenciais para a sobrevivência e manutenção da competitividade.