ERP: Porque muito do que sabemos sobre ele está errado?
O ERP tem sido por muito tempo a espinha dorsal da tecnologia adotada pelo setor de manufatura, e afirmo que esta vem, com o passar dos anos, adquirindo diversos mitos. O problema é que estas lendas já são aceitas e dadas como certos, apesar de não serem confirmadas nem reais. Já está na hora de acabarmos com estes erros de conceito. Listei os quatro principais:
Erro Nº 1 – ERP é caro
“Para as empresas de manufatura com filiais, companhias subsidiárias, instalações internacionais e processos de produção especializados, a conexão de sistemas para uma rede de ERP pronta, se considera como que a opção mais fácil para eliminar e substituir o software existente. Para aqueles que buscam investir e começar a usar a ferramenta, os custos de um especialista em ERP para que este analise, alinhe os processos do negócio de acordo com o sistema ERP e capacite os empregados são proibitivos.”
As informações citadas acima simplesmente não são reais. A tecnologia para conectar sistemas diferentes, e oferecer a informação de forma fácil e rápida já está disponível. Não importa se é cloud, hibrida ou no cliente/servidor, as opções de uma mudança mais branda existem e servem para que as empresas de manufatura decidam se vão estender/ampliar, ou substituir a ferramenta. A experiência de um ERP caro é algo do passado. Os analistas e especialistas que utilizam plataformas familiares e standard já vem substituindo as opções complexas de propriedade.
Erro Nº 2 – O ERP é completo e os projetos sempre se tornam maiores do que foi planejado
O setor industrial é um mercado complexo. Os estudos afirmam que a complexidade só tende a crescer. Os analistas dos processos de negócio e de desenvolvimento de software para automatizá-los deveria eliminar esta complexidade, e quando não é assim, é preciso dedicar muito tempo e recursos ao projeto para fazer com que realmente funcione.
Não é bem assim. Antes de tudo, a complexidade não é algo de todo ruim, mas apenas um lado da moeda, um perfil do negócio. Ela permite precisão operacional e oportunidades comerciais. Mas a complexidade pode inibir a inovação e focalizar-se para que os processos sejam mais justos e perfeitos, antes de automatizá-los. Como resultado, uma implementação de ERP, neste cenário previamente ajustado, traz resultados mais rapidamente, ao ser finalizada com mais agilidade.
Erro Nº 3 – As implementações de ERP são invasivas e provocam interrupções nos processos de produção
Reunir toda a massa de dados e informações para que um sistema ERP funcione é uma tarefa gigantesca. É excedida somente pelo uso contínuo de ERP, que exige upgrades de software, treinamento, patches de segurança e muito mais.
Outro erro. Uma implementação inteligente oferece informação consistente, inteligente, e útil ao usuário final sem importar o método de implementação, de maneira que um negócio pode estar funcionando e caminhando, em alguns dias. Por meio de um processo modular e de acordo com eventos específicos, as empresas de manufatura podem reunir as informações necessárias na ordem que querem sem causar interrupções no restante das operações da empresa.
Erro Nº 4 – Os provedores de soluções ERP são inflexíveis e conhecidos pela falta de suporte.
Alguns fabricantes de ERP não têm como atender a demanda pelas necessidades das empresas de manufatura, ignorando as realidades de limitações do orçamento planejado. Consideram que o software tem sempre razão e que os processos de negócio devem mudar e as pessoas devam ser treinadas novamente.
Por que estes mitos se mantêm de pé, e não foram questionados antes? Existem muitas razões possíveis, mas creio que é porque as empresas de manufatura não se animaram em pensar de forma diferente. Mas isto está caminhando agora. Os diretores operacionais já não aceitam tudo o que o mercado de tecnologia diz.
Os líderes reconhecidos do mercado de manufatura têm foco no resultado, por exemplo, a chegar em 20% de redução de custos, e perguntam aos desenvolvedores de software se podem chegar a este resultado. Recomenda-se que pense diferente, “fora da caixa”, e objetivado por impulsionar a tecnologia além de seus limites. A destruição destes mitos e a sabedoria serão os principais fatores para que as empresas de manufatura alcancem o sucesso.